O Open Finance foi um assunto muito comentado em 2021 por toda a revolução que ele possibilita em todo o setor financeiro.
Ele surgiu para promover uma integração de dados entre Instituições Financeiras (IF) por meio de um sistema aberto, o que leva a maior compartilhamento de informações e maior conhecimento sobre os clientes ou potenciais clientes.
Claro que tudo isso sob a concessão dos usuários e de forma segura, ágil e conveniente.
Entenda tudo que é preciso saber sobre o Open Finance!
O que é o Open Finance e como funciona?
O Open Finance ou Sistema Financeiro Aberto é uma iniciativa promovida pelo Banco Central (BC) para compartilhamento aberto de dados, produtos e serviços de forma padronizada, segura, ágil e conveniente.
O Open Finance representa mais um passo na revolução financeira do Brasil.
Seu principal objetivo é trazer inovação ao sistema financeiro, promovendo a concorrência e melhorando a oferta de produtos e serviços financeiros.
A base fundamental disso é o princípio de que as pessoas (físicas ou jurídicas) são donas dos seus dados financeiros e, mediante consentimento, as instituições financeiras devem compartilhá-los com outras instituições de interesse do cliente de forma que este possa ter acesso às melhores ofertas, de acordo com suas necessidades.
É importante ressaltar também que o Open Finance tem como premissa o controle pelo cliente, a segurança e privacidade, a simplicidade e praticidade no uso, e o compartilhamento gratuito.
Alguns países, como Reino Unido e Austrália, já implementaram ou estudam essa iniciativa.
O Brasil buscou o conhecimento adquirido em alguns deles para desenhar um modelo adequado ao nosso país, porém já observando as dificuldades e as boas práticas implementadas por outros.
Quais instituições participam do Open Finance?
Apenas instituições autorizadas pelo BC podem participar dos serviços do Open Finance. Além disso, a autarquia definiu participação obrigatória e voluntária a depender do porte da instituição e do dado ou serviço que está sendo compartilhado.
No site oficial do Open Finance tem a lista detalhada dos participantes, que você pode acessar para ter as informações mais atualizadas.
Por exemplo: apenas as instituições de grande porte são obrigadas a participar das Fases I e II. As demais instituições autorizadas podem participar de forma voluntária. Já a Fase III conta com a participação obrigatória das instituições que possuem contas transacionais.
Sobre as fases do Open Finance, todas já foram concluídas. Para entender melhor o que contemplava cada uma delas, esta página traz mais informações.
O Open Finance é seguro?
Dado o cenário de abertura de sistemas e compartilhamento de dados entre instituições do mercado financeiro, a confiança no Open Finance ainda precisa ser estabelecida na população em geral.
O que é importante reforçar é que o cliente deve autorizar o compartilhamento dos dados e só depois disso é que a integração é feita.
Além disso, o novo modelo está sob a proteção da Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que impede os bancos de disponibilizarem os dados para outras empresas que não façam parte do acordo.
Da mesma forma, as instituições devem cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados (n° 13.709/2018), que entrou em vigor em 2020. Esta legislação garante que as informações sobre os clientes estejam armazenadas em um ambiente virtual seguro, e que isso só aconteça caso eles tenham consentido ativamente para tal.
Tudo isso será fiscalizado pelos órgãos competentes pelo Banco Central, que vai fiscalizar aquelas empresas que não cumprirem as determinações.
Quais as vantagens do Open Finance?
O Open Finance dá maior suporte à construção ou evolução de diversos serviços:
- Comparadores de serviços e tarifas, permitindo que os clientes tenham maior conhecimento e consequentemente maior capacidade de negociação com as instituições;
- Maior capacidade das soluções de suporte financeiro e planejamento familiar, ampliando a disponibilidade de educação financeira;
- Iniciação de pagamentos em mídias sociais;
- Ampliação dos serviços disponibilizados por marketplaces.
Vale ressaltar que o Open Finance não é um sistema, mas uma ideia, um conceito, estruturado e padronizado com o objetivo de construir uma plataforma onde soluções possam ser desenvolvidas.
Qual é a diferença entre Open Banking e Open Finance?
Open Banking era o nome mais disseminado nas primeiras divulgações. Ele representa um momento inicial. Isso porque o Open Finance é considerado uma ampliação do Open Banking.
A mudança de nome veio porque a abrangência aumentou. O que antes estava dentro de um contexto bancário, de produtos e serviços mais tradicionais, passou a contemplar informações de outros setores financeiros, como serviços de câmbio, investimentos, seguro e previdência.
O que muda com o Open Finance?
A intenção principal é de que a integração de dados entre as instituições financeiras permita que elas ofereçam pacotes de serviços mais personalizados para as necessidades de cada cliente.
Assim, a competitividade entre os bancos tradicionais, fintechs e demais instituições que venham a surgir deve se acirrar.
Já para o cliente final é onde ocorrem as maiores mudanças. Isso porque, uma vez que o compartilhamento de dados com as instituições desejadas seja autorizado, o Open Finance permite que ele tenha acesso a cotações e serviços mais personalizados, de acordo com seus hábitos e necessidades.
Dessa forma, vai ser muito mais fácil migrar ou contratar apenas o que for vantajoso naquele momento.
O que são as APIs do Open Finance e como funcionam?
O Open Finance e todas as possibilidades que ele oferece envolvem a integração de sistema via APIs, que são programas que fazem essa conexão entre as Instituições Financeiras e organizações do mercado.
“É importante ressaltar a importância das APIs em todo esse modelo. O mercado já vem discutindo bastante isso e cada vez mais fica claro que API significa jornada. A forma como os sistemas legados irão expor esses dados em uma camada de borda, ou para o terceiro consumir, ocorre através de jornadas. Ter isso ‘empacotado’ de forma correta, seguindo padrões, com performance, escalabilidade e disponibilidade 24x7 são pontos essenciais”, reforça Fabiano Amaro, gerente de Alianças e Inovação na Matera.
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